O inverno 2003/2004 foi muito seco, registando apenas um terço das chuvas ocorridas no inverno anterior. A falta de água durante o início da temporada de crescimento reduziu de sobremaneira a pressão de doenças. Em julho, a maior preocupação recaiu na possibilidade de as vinhas não terem a capacidade de madurar suficientemente as uvas devido à drástica escassez de água.
A vindima destacou-se pelas perfeitas condições de tempo durante todo o período. Os vinhos do Porto jovens mostraram boa estrutura, com aromas muito frescos a frutos silvestres, consequência do período de maturação mais frio do que o normal.
Nota de Prova:
Vinho muito concentrado com aromas de intensa fruta negra e chocolate preto amargo. Dá a sensação de um vinho imenso inquietante à espera de se exprimir. Enche completamente a boca – quase esmagador na sua intensidade. Depois, uma seleção de sabores golpeia os sentidos – chocolate preto amargo, ameixa-preta madura e rica, cerejas, mirtilos e compota de amora. O vinho é mastigável, carnudo, cheio de garra. Embora possua uma grande estrutura, o equilíbrio está finamente ajustado e, portanto, a sensação é de um vinho com enorme força, mas também com grande delicadeza e elegância. Sabores de cassis, amoras, alcaçuz e melaço incitam o paladar, com um final que é deliciosa e prazenteiramente longo.
Wine Enthusiast, Best of 2007 – 97 Points
Engarrafado em julho de 2006, este vinho permanece deliciosamente aberto, exibindo perfumes florais e de violeta entrelaçados com ricas camadas de ameixa e chocolate. Embora a firme estrutura seja evidente, há mais do que a necessária fruta para equilibrar. Uma encantadora combinação de poder e elegância.