Os Confuron, Yves, Jean-Pierre e o patriarca Jacky são as atuais gerações de uma família muito antiga na Borgonha, havendo inclusive menções a esta família na corte de Luis XIV. O Domaine é dirigido por Yves e Jean Pierre, se bem que a alma deste é Yves, que divide o seu tempo com o Domaine de Courcel, em Pommard. A família é bastante unida e o pai Jacky dá sempre uma ajuda quando pode. Existem vários predicados que tornam este produtor especial. Em primeiro o facto de ao contrário da maioria dos produtores na borgonha, Yves vindima muito mais tarde, esperando que o Pinot Noir esteja bem maduro, e quando o recebe, vindima com 100% de engaço, procurando a frescura e a finesse. Em segundo, uma linha de pensamento purista, sem intervenções que prejudiquem a vinha ou as uvas, associados a um rigor quase obsessivo. O resultando são grandes vinhos, que inicialmente poderão parecer "demasiado" gulosos, mas que com meia dúzia de anos tornam-se magistrais. Como curiosidade, e como nenhuma outra família têm esta honra, existe uma variedade de Pinot Noir na Borgonha, que se chama Pinot Confuron.
Isto está vivo com energia. Vermelho escuro saudável com toneladas de rubi. Aromas de cereja preta e alcaçuz são realçados por uma nota de topo violeta. Apertado e mentolado na entrada, depois um pouco mais maleável no meio, transmitindo uma impressão de reserva medicinal aos seus sabores escuros de cereja preta, especiarias e minerais. Termina com taninos substanciais de dentes e língua. Este vinho também teve um malo tardio e hoje está muito atrasado, precisando de mais élevage para ganhar carne e doçura. Muito bom mesmo. Mais uma vez tais taninos super lisos adicionam uma moldura limpa à fruta e ao poder - continue assim.