Douro Superior

As Maravilhas do Douro Superior

Entre as montanhas e vales da região vitivinícola do Douro, onde Portugal se encontra com Espanha, algo espetacular está a acontecer. Novos vinhedos, novos proprietários e novos vinhos estão a surgir numa área que era relativamente inacessível há apenas 30 anos.


Um Pouco de História

Em 1756, o Douro tornou-se uma das primeiras regiões vitivinícolas definidas do mundo, com o decreto do Marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal, para impedir que os negociantes britânicos importassem vinhos de fora do Douro e os rotulassem como Douro. O Douro Superior era tão remoto que esta espetacular região só foi demarcada como parte do Douro em 1907. No entanto, a sua história remonta a épocas muito anteriores.

No coração da região do Douro Superior encontram-se as incríveis pinturas rupestres na Vila Nova de Foz Côa, registadas pela UNESCO. Embora só tenham sido oficialmente reconhecidas na década de 1990, datam de 20.000 a.C., sendo algumas das mais antigas do mundo. A sua presença sublinha e enfatiza a antiguidade palpável e ainda viva da região.


A Exploração de Produtores no Douro Superior

O clima mais seco e quente do Douro Superior confere aos vinhos um volume extra e um componente aromático que os distingue de outras sub-regiões.

Enólogos da tradicional região do Douro, Cima Corgo, têm-se dirigido para o Douro Superior, agarrando a oportunidade de expansão num local com condições ideais, incluindo solos de granito e xisto, para a crescente procura por vinhos do Douro.

Plantam-se as mesmas uvas no Douro Superior que em Cima Corgo, destacando-se a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Francesa, Sousão, Tinta Barroca e Tinta Cão. Sendo a Touriga Nacional a casta dominante, enquanto nos vinhedos mais antigos existe uma mistura desconcertante de mais de 30 variedades.

Nomes como Quinta do Crasto, Quinta do Vallado e Quinta de la Rosa estão agora a produzir vinho aqui. Investidores externos em Colinas do Douro também compraram terrenos. A família Symington, proprietária da maior área de vinhedos no Douro, tem vinhedos junto ao rio Douro e mais de 200 hectares no vale do rio Vilariça ao longo do rio Sabor. Outros projetos novos, como o Conceito da família Marques, surgiram de produtores locais que começaram a engarrafar o seu vinho.

Sophia Bergqvist, proprietária da Quinta de la Rosa, adquiriu a propriedade Quinta das Bandeiras em 2005. Ela diz que os vinhos feitos lá sob a marca Passagem "têm uma sedução e exuberância que sempre surpreendem. São voluptuosos, com aromas intensos, mas, ao mesmo tempo, muito equilíbrio e frescura."

Ao subir o rio, o Douro Superior inicia a sua paisagem dramática na barragem da Valeira. Num campo remoto, entre rochas, é um lugar selvagem e inóspito. 

Estas montanhas bloqueiam metade da chuva que vem do Oceano Atlântico, abaixo da quantidade já diminuta no Cima Corgo. O resultado é que o Douro Superior é árido. A maioria dos vinhedos é plantada junto aos rios, seja o largo Douro ou os seus afluentes. Lá, as vinhas podem aproveitar a humidade e a maior humidade do ar.

À medida que novos produtores chegaram, os existentes elevaram a qualidade dos seus vinhos, como é evidente na família Olazabal na Quinta do Vale Meão. Descendentes de Dona Antónia Ferreira, que comprou e plantou a propriedade em 1877, maximizaram o potencial para vinhos do Douro, reconhecendo que as terras baixas são "excelentes para vinhos do Douro, porém não tão boas para o Vinho do Porto.


Selecionamos alguns incríveis vinhos do Douro Superior para provar:

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