Raiva do Alva Branco 2022

De cor amarelo-escuro cristalino, no nariz é fresco e complexo, com notas minerais de pedra, pólvora, citrinos, alperce e erva príncipe. Na boca é amplo, subtilmente fresco e com a acidez a transportar os aromas para um final persistente.

A Ana Paula Lopes e o Inácio Loureiro são dois, escanções portugueses que com a idade de 50 anos decidiram deixar os palcos dos restaurantes para os mais novos e mudar de vida, a vida profissional levou-os a viajar pelas mais importantes regiões vinícolas do mundo e a provar do melhor que por lá se faz, dos milhares de garrafas que abriram, os vinhos da região do Dão sempre os encantaram pela subtileza, elegância e frescura, que mesmo quando já com alguma idade, consideram comparáveis aos grandes vinhos da Bourgogne.
Em 2019 decidiram mudar-se de Lisboa, para esta zona do país que tanto os apaixona, pegaram numa pequena Quinta na zona de montanha da sub-região do Alva, e com as suas competências, iniciaram o próprio negócio de enoturismo para continuar a fazer o que sempre gostaram. A Quinta da Aldeia Nova tem 3 hectares de solos argilo calcários pedregosos predominantemente de quartzo ferruginoso, grés e seixos, em altitudes que
variam nos 200 e 400 metros entre as serras do Açor, Estrela e Lousã. A ideia tem como objetivo criar vinhos à semelhança dos grandes vinhos do Dão de antigamente, vinhos puros, leves e verdadeiros, concebidos com muito respeito pela natureza e consumidor, as vinhas são trabalhadas pelo Inácio de forma natural, com aplicação de práticas que fortifiquem o equilíbrio do ecossistema, foram plantadas várias castas da região onde predomina a Baga e o Encruzado, as vinificações são de baixa intervenção, com fermentações espontâneas, pouca tecnologia e sem adição de produtos enológicos, feitas de modo preciso e cuidadoso com a assistência do enólogo consultor Carlos
Raposo, o resultado são vinhos que cheiram a vinho, que salpicam de energia, mas com uma estrutura sempre equilibrada.